Ainda no social, Last.FM e blogueiros reclusos

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O last.fm é, de todos os serviços sociais web 2.0 o que eu menos entendo. Parece que ele serve para organizar músicas, playlists e ajudar a encontrar novos artistas. Se for isso, é um fracasso, pois o maior hype da semana é a Scarlett Johanson, com crescimento de 872%, e nós sabemos o quanto ela é "boa" cantando.

Ainda não tenho muitos contatos lá, então não posso avaliar os recursos de recomendação de músicas, que parece ser o forte do serviço, mas para a Egosfera ele é bem interessante, pois permite mostrar em widgets as músicas que você escutou recentemente. Coloque no blog e seja cool. (se achar espaço, eu não consegui encaixar), mas vai no post…

 

Eles disponibilizam widgets para os principais serviços de blogs, plenamente customizáveis, e se você não quiser/puder usar o código dinâmico completo para a frescura animadinha ali de cima, pode usar uma "playlist de imagem". Há layouts bem legais:

O que eu mais gosto do Last.fm é que ele não me enche o saco. Carrega-se o cliente (há programas para Windows e Mac), ele fala sozinho com o iTunes, ficam amigos, seu iPod entra na dança e tudo que escuto no bichinho vai parar no Last.fm, “tomaticamente”, como diriga meu amigo Giu.

É meio complicado, para quem não gosta de se expor, mas a Nova Realidade é assim, todo mundo na janela. Nos velhos tempos era mais fácil.

Eu lembro que uma vez sentei no ônibus para perceber ao meu lado um sujeito lendo um de meus livros. Me diverti com a idéia de que o autor estava ali, do lado dele, e o cara jamais saberia (se fosse a Luciana Vendramini a história seria outra, claro). A imagem de Escritor Recluso é no mínimo respeitada. Vejam Rubem Fonseca, Autran Dourado, o tímido profissional Luis Fernando Veríssimo (que não é o autor deste texto, caceta) e o maior deles, J.D. Salinger.

Não exatamente modelos a seguir, se você quer um blog de sucesso.

Um blog é mais do que o conteúdo, o blog é pessoal. O blog tem o “eu” escrito por todo canto. Tire o indivíduo do blog e sobra o quê? Um jornalzinho?

Alguns se expõe mais, outros menos. Não existe uma fórmula mágica, o importante é não deixar o leitor se sentir tratado de forma impessoal como um leitor de uma Veja da vida, mais um na multidão.

E mesmo quem não gosta de expor nada, pode começar devagarinho, compartilhando as músicas que escuta.



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