Prêmio Multishow: Eu Fui

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De todos os convites do ano o Prêmio Multishow foi o mais aleatório, incluindo as cantadas gay no Twitter. Quando fui sondado (no bom sentido, de dentro pra fora) achei que era meio bola-fora, afinal não sou blogueiro de celebridades nem de música. Só que essa visão é a mesma de um zé-mané no Twitter que disse preferir acompanhar a cobertura de uma ex-vj da MTV[bb], que realmente entendia do que estava falando.

Droga, desde quando sou linear assim? Se há algo que eu não sou, em forma ou pensamento é linear.

A idéia da Riot foi ótima. Chamaram um grupo de blogueiros que em sua maioria não eram focados em música, para cobrir com sua própria visão. Bolas, o que não falta é site de música falando do prêmio de Música. O próprio Multishow deveria ter um monte de comentaristas abalizados explicando o sucesso do Fresno[bb]. (boa sorte pra eles)

Entrei em Deslumbrado-Mode assumido e passei a descrever o evento para meus leitores com a linguagem que estão acostumados. Afinal o mundo da música precisa de um Galvão. Raras vezes escrevi tanto em tão pouco tempo no Twitter e tive tão poucas reclamações de excesso de mensagens. Acho que se foram 3 é muito.

Como sou péssimo fisionomista e não exatamente em dia com as últimas subcelebridades televisivas, levei uma consultora, minha amiga Gabriela, que é metida com essa coisa de artista e conhece tudo, tendo inclusive experimentado o libidinoso prazer de barrar ex-big brothers no Fashion Rio

“perdeu, playboy”

Ela deu a melhor definição para Fresno e outros grupos genéricos:

“Banda de Franja”

É, é o Fresno mesmo.

Fora essas atrações selecionadas por bilhares que adolescentes histerico-umedecidas que votaram sem-parar durante meses, sem se preocupar sequer com o impacto em sua vida sexual que um indicador inutilizado teria, também tivemos coisa muito boa. Pitty[bb], toda carnudinha, Ivete Sangalo[bb], Zeca Pagodinho[bb] e claro o show máximo da noite em homenagem a Rita Lee[bb].

A infra do prêmio é impressionante. Foi naquela mega-casa de shows da Barra que pertence a um consórcio de umas 30 empresas e toda semana muda de nome. Até o final do mês acho que ainda é CitiBank Hall, mas não tenho certeza.

No nosso curralzinho VIP tínhamos WIFI, especialmente contratada. É mais do que a média, já fui a eventos grandes de tecnologia onde tive que sentar no chão. O problema foi que como sempre subestimam a capacidade de blogueiros conectados em se conectar, e o roteador xing-ling negociado a preço de ouro abre o bico. Aí foi hora do Backup, uma rede WIFI pública também disponível.

A rede TAMBÉM abriu o bico, e só sobraram os blogueiros com 3G e plano de dados.

Sim, eu tinha um plano C. Na verdade era B, mas a rede gratuita extra foi uma boa surpresa.

Isso mesmo. Falcão e Luiza Brunet. Espero que a Deborah Secco não fique com ciúmes1 ;)

A cobertura começou com a escolha da tag. Se dependesse do que conheço de marketeiros de cliente, sugeririam #premiomultishowdemusicabrasilera2009 – isso seria um tanto prejudicial para quem tem 140 caracteres disponíveis, então escolhi algo que é a minha cara, identifica o prêmio e é curto:

#pms2

Para acompanhar todo o texto de minha cobertura, é só visualizar esta busca avançada do Twitter.

Algumas pérolas:

A apresentação foi da Fernandinha Torres, que é a mesma coisa de sempre, acho que tanto tempo de Normais a transformou na Vani. Por mim tudo bem, eu adoro. Teve mashup de Fresno, NXZero e Strike, 3 bandas emossexuais de franja, que não fizeram em conjunto com uma mega estrutura 1/5 do que vi o Rodrigo Nogueira fazer na minha fuça, neste vídeo. Mas as gurias umedecem com franjas e isso é o que importa pras gravadoras.

Por sorte teve a Tia Lita Ree, um dueto de Ivete Sangalo com Zeca Pagodinho, teve  Ana Cañas, Arnaldo Antunes e PJ do Jota Quest, teve Seu Jorge com Arnaldo Antunes, uma penca de coisas. Deve estar tudo disponível no site oficial.

Pra gente que estava ali só de farra sem concorrer a nada, valeu o show. Não acho que seja o tipo de coisa que valha a pena ficar se indignando. Seu artista preferido não está lá? Compre o disco, vá ao show.

A Rita Lee brincou a maior verdade da noite “Preferia o prêmio em dinheiro”. Isso vindo de uma INSTITUIÇÃO como ela, não uma banda emo que é quase um BBB da música, cujas fãs os abandonam assim que bate a menarca.

Foi muito legal brincar de twitteiro famoso, passar pelo tapete vermelho com convite dourado e fingir que o glamour é de verdade. Afinal melhor do que dizer “droga, tomara que não seja eu o homenageado secreto da noite” é ver que tem gente que leva isso a sério, a ponto de se irritar.

Minto (óbvio, todo mundo mente) o melhor mesmo foi a festa, mas isso é assunto para outro post. Por enquanto divirta-se com as minhas fotos Neste set do Flickr.

Notas
1 – sim, eu sei. Não seja burro achando que EU sou burro.

2 – o pessoal que não pescou tudo bem. O que perguntou, idem. Não deu pra aguentar foram as malas que acham que eu sou um abestado e SEQUER vejo Big Bang Theory, fonte de todo seu conhecimento e vieram me alertar que PMS é sigla em inglês pra TPM.



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