O Terrível Crime da Batata – Ou: Como Polícia 24h no Canadá é chato

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O vídeo acima é o maior desperdício de recursos jornalísticos desde que a Valéria Monteiro apareceu na capa da Playboy e o ensaio era com ela vestida. Se bem que é o máximo que a imprensa canadense pode fazer, em um país onde não acontece nada.

Na matéria da CTV é descrito como duas jovens alcoolizadas passavam por uma rua quando viram uma garagem aberta. Nela um saco de batatas-fritas sabor barbecue, de marca bem cotada e difícil de achar.

Mantendo os mais elevados e rigorosos padrões jornalísticos, o texto contextualiza a situação, intercalando com o depoimento de um pobre infeliz porta-voz da polícia canadense, que precisa descrever em termos policialescos um crime que aqui mal seria desinteligência.

Basicamente as duas viram as batatas, entraram, pegaram e saíram comendo. A dona da casa presenciou a “invasão”, ligou para a polícia –que por sua vez nem acreditou, o 911 tocando, FINALMENTE- e enviaram nada menos que três carros para o local.

Utilizando cachorros ou maconheiros treinados, seguiram a trilha de batatas-fritas até encontrar as criminosas.

Não é preciso ser o Cal Lightman para perceber a situação surrealista do policial, que em sua defesa conseguiu ficar sem rir até ter que usar o termo “first-time chip offenders”.

Ao final tentam justificar a existência da matéria, com um discurso de utilidade pública, “mantenha sempre um telefone perto de você”, mas não cola, é como justificar Prometheus como um aviso para nunca enfiar o dedo em gosmas alienígenas.

É triste pensar que profissionais adultos estejam tendo suas carreiras e talentos desperdiçados fazendo esse tipo de matéria. Consegue ser pior que cobertura de reality show, afinal BBB e Fazenda ainda há quem se interesse em acompanhar.

E se é inevitável, que ao menos tenham a decência de não levar a sério, ou fica ridículo. O vídeo soa como o Bial apresentando BBB com a mesma seriedade com que narrou a queda do Muro de Berlim, e isso nem o Bial faz. Talvez o Galvão.



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