Coca-Cola… Salvando vidas?

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Existem poucas empresas mais odiadas pelos comunistas de butique do que a Coca-Cola, chega a ser divertido ver as acusações bestas, inclusive a de que o Sangue do Capitalismo tira empregos. Devem achar que todas as latinhas são enviadas por drones, de Atlanta, e na volta aproveitam para bombardear orfanatos.

Na verdade a Coca-Cola, tirando ser uma das marcas mais conhecidas do mundo, é uma empresa como qualquer outra, e como toda empresa inteligente, está aberta a novas idéias.

Simon Berry por sua vez é um cara inteligente e sabe que os problemas do mundo NÃO são causados pela Coca-Cola (talvez pela Pepsi), e descobriu uma forma de não odiar o refrigerante, mas usar sua estrutura para melhorar a vida de outras pessoas.

A idéia –genial- é que boa parte do custo de suprir regiões carentes e remotas de países pobres com medicamentos e outros bens essenciais é logística. Você tem que ter equipes de terra, que serão assaltadas, precisam de salários, levam tempo demais para cobrir os territórios e no geral, não funcionam.

Por outro lado, em qualquer lugar do planeta você compra uma Coca-Cola.

Simon diz: Que tal pegar carona na PUTA logística de distribuição da Coca-Cola, aproveitar a capilaridade deles e distribuir os kits junto?

 

Com isso ele se saiu com a ColaLife, uma ONG que viabilizou o projeto. Um estúdio de design criou uma embalagem especial que se tornou o AidPod:

aidpod

A embalagem é um kit anti-diarréia, uma das maiores causas da mortalidade infantil. Em formato de copo dosador, tem sabão, nutrientes, purificador pra água, tabletes de Sulfato de Zinco e pode significar a diferença entre a vida e a morte para uma criança.

cocalife

O kit é projetado para ocupar o espaço entre as garrafas nas grades de Coca-Cola distribuídas… em qualquer lugar que Coca-Cola seja distribuída, lembrando que mais gente tem acesso a Coca-Cola do que a água encanada no mundo.

O incentivo aqui é que o Kit é vendido, custa US$1,00 e dura por vários dias. Toda a cadeia de distribuição está levando uma pequena margem, o que é essencial para que o comerciante lá na ponta não jogue os kits fora.

A iniciativa já está em testes operacionais na Zâmbia, e está se mostrando um sucesso. A Coca-Cola soube do projeto e não só deu carta-branca como colaborou com informações dos processos logísticos de seus distribuidores africanos e, provavelmente, com empurrões amigáveis para que eles embarcassem no projeto.

Nada mau para o sangue negro do Capitalismo. Sua vez, Kremlin-Cola.

Fonte: Wired



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