Desculpe, floquinho, mas o mundo não foi feito pra alguém tão bonito quanto você

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Dizer que o mundo está chato já se tornou lugar-comum. Até a militância dos Guerreiros da Justiça Social já se atualizaram, e com sua retórica maniqueísta típica dizem que isso é o equivalente a reivindicar o direito de ofender gratuitamente minorias.

Você sabe, “morreu odete” é o mesmo que “viados escrotos merecem a morte”. A maior parte do orçamento de Hitler e Stalin ia para os comediantes, e se Hitler não tivesse matado tantos judeus antes de aproveitar os textos, até teria sido bem-sucedido.

Na prática a histeria patrulhadora se tornou algo no mínimo ridículo. NINGUÉM comenta das 3 mulheres-bomba que mataram 140 pessoas na Nigéria ontem, mas se você postar um comentário indignado chamando de “vagabundas” a militância em peso cairá em cima. Mais de uma centena de mortes, ok. Ofender uma assassina, já morta, nem pensar.

A última prova dessa insanidade vem do personagem mais insano do Universo Marvel, o Deadpool.

Ele é a essência do Anti-herói. Um mercenário com poderes mutantes que trabalha para quem pagar mais. Tem seu código moral mas isso não o impede de manter a Cega Al em cativeiro. Nem de socar a Kitty Pride só para irritar o Wolverine.

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O Deadpool matou um capanga da IMA apenas por.. gostar do Jar-Jar.

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Deadpool é um assassino, sem remorsos, um piadista, cruel e sem escrúpulos. Não é um modelo a ser seguido. Ele funciona do mesmo jeito que o Dexter funciona. É uma catarse, é um filme de zumbis, o leitor se diverte sabendo que na vida real aquele comportamento seria altamente reprovável. Um exemplo? House.

Aí chegam os viadinhos da Superinteressante.

Essa corja criada de chocadeira direto pra faculdade de Humanas, que nunca leu nada que não tenha original em alemão e considera gibis pura alienação capitalista resolveu escrever sobre Deadpool, e o resultado foi… ridículo.

Em um texto com o babaca título “4 razões para Deadpool ser um excelente filme de herói – e uma que o desmorona” falam de como Deadpool é “problemático”.

“Em alguns casos, as piadas são ofensivas” errr…. sim? Um personagem politicamente incorreto tem que ser ofensivo, vilões tem que ser malvados, gente escrota tem que ser escrota. Deadpool é escroto, se vocês lessem um gibi na vida saberiam disso.

“em algumas ocasiões, o protagonista faz piadas que ofendem minorias” Filho, Deadpool ofende todo mundo, essa é a idéia.

“Em determinado momento, por exemplo, o anti-herói brinca com a possível homossexualidade de Batman e Robin. A sala inteira ri. Deadpool não precisava disso para mostrar que é irreverente”

Ou seja: O babaca pretensioso não entende o conceito de anti-herói, não entende que Batman e Robin gays é uma trope mais velha que a posição de cagar pra dentro e acima de tudo não entende que se a sala inteira riu e ELE não gostou, talvez o problema não esteja com TODAS AS PESSOAS DO CINEMA.

Pra completar a frutinha da Super solta:

“Fazer alguém que está indo ao cinema se sentir mal por ser quem é talvez seja um tiro no pé do qual o personagem não consiga se recuperar tão facilmente”

Ou seja: ELE, o floquinho de neve sensível, único e frágil se ofendeu com uma piada velha e por causa disso o filme deve no mínimo ter todas as cópias recolhidas e queimadas, junto com os roteiristas e o Ryan Reynolds.

O floquinho da Super, em sua suprema babaquice está querendo moldar o mundo à sua imagem, uma puta pretensão, diga-se de passagem. Ele não admite que pessoas gostem do que ele não gosta, não admite que o que ele acha ofensivo pra gente minimamente saudável mentalmente é apenas uma piada.

A sorte é que o mundo não deve nada para a Super Interessante e seus colunistas frágeis e delicados e preciosos. Para desespero deles as resenhas de Deadpool estão EXCELENTES e  já confirmaram a continuação.  Parabéns a todos os envolvidos.



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